quarta-feira, 21 de março de 2012

Dia Internacional da Síndrome de Down

O dia 21 de março foi escolhido pela associação "Down Syndrome International" para ser o Dia Internacional da Síndrome de Down em referência ao erro genético que a provoca. Todo mundo tem 23 pares de cromossomos. Quem tem Down tem três cromossomos no par de número 21 (daí a data 21/03)


A Síndrome de Down é um acontecimento genético natural e universal. Isso quer dizer que a síndrome não é resultado da ação ou do descuido de mães ou pais, como muitos pensam. E nem é uma doença. Ela é causada por um erro na divisão das células durante a formação do bebê (ainda feto). Só para você ter uma idéia, de cada 700 bebês que nascem, UM tem Síndrome de Down. Por isso, qualquer mulher, independente da raça ou classe social pode ter um bebê Down.

Até hoje, a ciência ainda não descobriu os motivos que provocam essa alteração genética, portanto não há como evitar. Você já deve ter ouvido falar que todas as características de uma pessoa - a cor da pele, dos olhos, o tipo e cor dos cabelos, a altura e tudo mais – são herdados (transmitidas) dos pais, certo? Como? Por meio dos genes. São os genes, presentes nos cromossomos, que carregam tudo o que somos. Cromossomos são pedacinhos do núcleo das células que contém as características que cada um de nós herda do pai e da mãe. Mas mesmo sabendo que existem semelhanças entre as pessoas com Down, não há exames que determinem, no nascimento, como a pessoa (criança, depois adolescente e adulto) vai evoluir durante a sua vida. Mas hoje, com as descobertas da medicina, sabe-se que para a criança down desenvolver todo seu potencial é importante que, desde cedo, seja amada e estimulada pelos pais, irmãos e profissionais HABILITADOS.

 A alteração genética das crianças com Down faz com que todas elas sejam muito parecidas e tenham as seguintes características
: 1 - hipotonia (flacidez muscular, o bebê é mais molinho);
 2 - comprometimento intelectual (a pessoa aprende mais devagar);
 3 - aparência física (uma das características físicas são os olhinhos puxados).

 Atualmente, a Síndrome de Down é mais conhecida, o que permite mais qualidade de vida, melhores chances e desenvolvimento para os portadores. Mas, infelizmente, esse avanço ainda não foi suficiente para acabar com um dos principais obstáculos que as pessoas com Down enfrentam: o preconceito. Por tanto existem ações para diminuir a exclusão social da pessoa com Down? Confira quais são:

 - a transmissão das informações corretas sobre o que é a síndrome; - o convívio social;
 - a garantia de espaço para participar de programas voltados ao lazer, à recreação, ao turismo e à cultura;
 - capacitação de profissionais de Recursos Humanos para avaliar adequadamente pessoas com Síndrome de Down, entre outras.

terça-feira, 20 de março de 2012

Feliz Dia do Blogueiro

                                              Parabéns a todos os Blogueiros!!


Nesta terça-feira, dia 20 de março de 2012, comemora-se o Dia do Blogueiro. A data ainda não é uma celebração tradicional, pois essa profissão, ocupação ou até um passatempo de algumas pessoas, é uma atividade um pouco mais recente, vindo junto à era digital e a difusão da internet. Mesmo sendo nova, a atividade de blogueiro é de extrema importância para a rede. É com os blogs que as informações são disseminadas, seja ela de qualquer área. São os blogs que também nos proporcionam um meio para que possamos expressar nossas opiniões, com uma liberdade de expressão raramente vista em outros meios de difusão da comunicação. Nos blogs encontramos toda a espécie de conteúdo online. Hoje temos páginas de celebridades, jornalistas, político, entre muitos outros setores do mercado que divulgam seus trabalhos e pensamentos através de um blog. Com o crescimento cada vez mais rápido da internet em todo o mundo, não será estranho que os blogs cada vez mais tenham espaço na vida digital das pessoas.

O Segredo do Silêncio


O segredo do silêncio está na total privação de sons que pode suavizar a nossa alma e ensinar a ter elo com o Criador. O silêncio faz estourar no peito, um sentimento que traz a beleza da vida e da dor. Neste caso exercemos este direito potentado da plenitude do respirar a própria força, além de visitarmos o nosso desconhecido campo da linguagem interna. O silêncio passa brotar a liberdade, o respiro da paz e ainda conseguimos esquecer as difilcudades escondidas na fenda que só a nossa luz interna pode encanecer. O silêncio é como as estrelas no céu a brilhar, na imensidão que não se pode tocar. O pensamento goza da imagem que não podem desperdiçar, aquecendo a estima que não se toca e nem se pode olhar. O silêncio fica clamando dentro do peito a dor que não pode traduzir.

Os Bolcheviques

Temos abaixo a obra O Bolchevique, do russo Boris Kustodiev. Pintada em 1920, a obra procura enaltecer a Revolução de 1917 e, principalmente, o papel dos bolcheviques no desenrolar da revolução. O Gigante russo, com postura inflexível, porta o estandarte vermelho. Apoiado pelas massas é o seu símbolo máximo; determinado, o gigante tem abaixo de si toda a paisagem russa; é o grande líder, que incontestável representa e passará a decidir os próprios rumos da revolução. Ao mesmo tempo representante das massas e acima delas, a figura do grande bolchevique parece antecipar um pouco os rumos da revolução.

Vivo Sempre!

A gente viveu, cresceu, aprendeu. Sofreu e riu. Mas saiu mais vivo. (Caio Fernando Abreu. Carta a Nair Abreu)

quarta-feira, 14 de março de 2012

Dia Nacional da Poesia

A poesia é a arte da linguagem humana, do gênero lírico, que expressa sentimento através do ritmo e da palavra cantada. Seus fins estéticos transformaram a forma usual da fala em recursos formais, através das rimas cadenciadas.

 As poesias fazem adoração a alguém ou a algo, mas pode ser contextualizada dentro do gênero satírico também.

 Existem três tipos de poesias: as existenciais, que retratam as experiências de vida, a morte, as angústias, a velhice e a solidão; as líricas, que trazem as emoções do autor; e a social, trazendo como temática principal as questões sociais e políticas.

 A poesia ganhou um dia específico, sendo este criado em homenagem ao poeta brasileiro Antônio Frederico de Castro Alves (1847-1871), no dia de seu nascimento, 14 de março.



 Castro Alves ficou conhecido como o “poeta dos escravos”, pois lutou grandemente pela abolição da escravidão. Além disso, era um grande defensor do sistema republicano de governo, onde o povo elege seu presidente através do voto direto e secreto.

 Sua indignação quanto ao preconceito racial ficou registrada na poesia “Navio Negreiro”, chegando a fazer um protesto contra a situação em que viviam os negros. Mas seu primeiro poema que retratava a escravidão foi “A Canção do Africano”, publicado em A Primavera.

 Cursou direito na faculdade do Recife e teve grande participação na vida política da Faculdade, nas sociedades estudantis, onde desde cedo recebera calorosas saudações.

 Castro Alves era um jovem bonito, esbelto, de pele clara, com uma voz marcante e forte. Sua beleza o fez conquistar a admiração dos homens, mas principalmente as paixões das mulheres, que puderam ser registradas em seus versos, considerados mais tarde como os poemas líricos mais lindos do Brasil.

terça-feira, 13 de março de 2012

Os Sertões

"Preocupe-se mais com a sua consciência do que com sua reputação. Porque sua consciência é o que você é,e a sua reputação é o que os outros pensam de você. E o que os outros pensam, é problema deles.

 LITERATURA

 Os Sertões Entre o ensaio científico e a literatura, a obra de Euclides da Cunha surpreende pela descrição da Guerra de Canudos e o uso da palavra.

0 Texto Daniel Schneider e Thiago Minani Foto: Paulo Jares Ruínas do Parque Estadual de Canudos, BA, onde se passou a guerra que é tema do livro de Euclídes da Cunha.


        O romance Os Sertões (1902), de Euclides da Cunha, surgiu de uma reportagem encomendada pelo jornal O Estado de S. Paulo. Encarregado de cobrir a Guerra de Canudos (1896-1897), Euclides encontrou nos confrontos entre o Exército brasileiro e um grupo de fanáticos religiosos liderados por Antonio Conselheiro matéria para descrever a geografia e a população do sertão baiano. Vistos como uma ameaça à jovem República brasileira, os seguidores de Conselheiro foram dizimados. "Aquela campanha lembra um refluxo para o passado. E foi, na significação integral da palavra, um crime. Denunciêmo-lo", afirma o escritor na nota preliminar do livro.

 Dividido em três partes - A Terra, O Homem e A Luta -, o livro concentra diversas influências de seu tempo. Teóricos europeus, declaradamente ou não, alicerçam o autor na definição do sertanejo, depreciado pelo embasamento em correntes deterministas - hoje ultrapassadas. A obra, publicada no limiar do século 20, em 1902, de certa forma teria uma estreita ligação com o Naturalismo que a precede, mas apontava para o Modernismo que adviria duas décadas depois: o estudo do homem brasileiro seria um dos seus objetivos. Nascido na cidade de Cantagalo (RJ) em 1866, Euclides estudou engenharia na Escola Politécnica do Rio de Janeiro, o que lhe forneceu os instrumentos para a análise e o exame feitos no livro.

Seria impreciso enquadrar a obra em um único gênero. Não se trata apenas de um relato científico ou jornalístico. O entrecruzamento dessas formas com o emprego do lirismo, de complexas figuras de linguagem e do tom de "ataque franco", segundo o próprio Euclides, resultou na "bíblia da nacionalidade" - para tomar emprestada a definição do célebre abolicionista Joaquim Nabuco sobre o romance.

 Para a literatura brasileira, a grandeza de Os Sertões está obviamente no trabalho de linguagem operado pelo autor, que, sob o primeiro plano da objetividade científica, deixa-se tomar pela indignação e pelo espanto ante o que testemunha. Euclides via a República de maneira desiludida, identificava as "sub-raças" e prenunciava a sua extinção. Mas a natureza o surpreende quando o período é o das chuvas: "E o sertão é um paraíso... Ressurge ao mesmo tempo a fauna resistente das caatingas (...). (...) segue o campeiro pelos arrastadores, tangendo a boiada farta, e entoando a cantiga predileta... Assim se vão os dias. Passam-se um, dois, seis meses venturosos, derivados da exuberância da terra (...)". Esse deslumbramento alterna-se com o retrato da seca, o "martírio secular da terra". A proliferação de antíteses se dá também em outros níveis da obra, uma das razões que levam os críticos a ver um "barroco científico" moldando a narrativa.

 É de um Euclides observador preciso e rigoroso e plenamente hábil na construção de imagens que José Lins do Rego e Graciliano poderão herdar, cada um a sua maneira, as bases de um regionalismo maduro.

 Até sua morte no Rio de Janeiro, em 1909 - morto em um duelo com o amante da mulher -, Euclides ainda publicou o livro Contrastes e Confrontos (1907). À Margem da História (1909) foi lançado postumamente.

Um livro em três partes.
 Na divisão do relato, o esforço para sistematizar a vida sertaneja e compreender o destino de uma região.

 A TERRA: O cenário do conflito. Aqui, a geologia e a geografia tratam de pormenores do solo, do relevo, da flora e do clima, impiedoso no período da seca. O relato científico, nestas páginas descritivas que antecedem o conflito, é talvez o mais belo do livro, sobretudo quando trata da vegetação. Os mandacarus, os cactos, os xiquexiques, as favelas - planta típica da região que daria nome a uma elevação local e teria outros significados anos mais tarde -, a catanduva, tudo é catalogado por uma poética científica.

 O HOMEM: O antropólogo, o sociólogo e o etnólogo tomam a voz para desenhar a gênese do sertanejo, um Hércules-Quasímodo: "O sertanejo é, antes de tudo, um forte. Não tem o raquitismo exaustivo dos mestiços neurastênicos do litoral. A sua aparência, entretanto, ao primeiro lance de vista, revela o contrário." Traça-se a biografia de Antonio Conselheiro - "um gnóstico bronco", "o anacoreta sombrio" -, dos infortúnios da vida pessoal à transformação em líder religioso no crescente arraial de Canudos.

 A LUTA: As sucessivas tentativas de invasão de Canudos pelo Exército. Somente a quarta expedição foi vitoriosa. No clímax do livro, a resistência da comunidade e os relatos das sangrentas batalhas. Euclides pormenoriza os embates entre os sertanejos e os soldados até o desfecho: "Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a história, resistiu até ao seu esgotamento completo". O corpo de Antonio Conselheiro foi retirado de escombros e a cabeça foi cortada como prêmio: "Ali estavam (...) as linhas essenciais do crime e da loucura..."

Sinto!

Sinto muita saudade — mas tem uma coisa dentro de mim me dizendo que o meu caminho é exatamente este, e que não posso nem devo tentar modificálo.

(Caio Fernando Abreu, carta a Zael e Nair Abreu)